
O que é?
"Rosas para D. Dinis" é um relato histórico-teatral do reinado de D. Dinis e sua consorte D. Isabel, desde a sua coroação como 6º Rei de Portugal até ao Milagre das Rosas.
A história é narrada por um carpinteiro e uma tecedeira, que quase nunca se entendem (mas que se gostam muito).
A ação desenvolve-se num retábulo (ou carpintaria? ou banca de tecidos?) e vai introduzindo, através de jogos de marionetas (de vara e de sombra) e outros artifícios, as personagens-chave e os locais e ambientes referenciados na História.
A peça demarca a universalidade das histórias e a magia das diferentes formas de as contar.
Dirigido ao público infanto-juvenil (a partir dos 6 anos de idade), mas concebido para agradar a todos, o espectáculo apresenta-se num registo cómico, com rigor histórico, respeitando os factos e as figuras da época.
Espectáculo com duração de 40 minutos, disponível para as escolas e programação cultural.
O que nos inspira?
Somos atraídos por este pedaço da nossa História, pela atmosfera que envolve os factos e estas duas personagens lendárias:
"Mais de seis largos séculos passaram sobre a existência de D. Dinis e D. Isabel e ainda hoje, de cada vez que nos volvemos para a sua época, temos a sensação de aspirar um suave aroma de jardim. Esta recordação provém certamente da atmosfera de poesia e lenda em que viveram estes dois seres de excepção, que dir-se-iam nascidos um para o outro." (Mário Domingues, 2005)
Sinopse
Em "Rosas para D. Dinis" atravessamos o reinado de D. Dinis, desde a sua coroação como 6º Rei de Portugal até ao Milagre das Rosas. A peça realça alguns feitos governativos do Rei, desde as múltiplas iniciativas de ordenamento do território, o seu casamento com D. Isabel de Aragão, a criação da Universidade, a plantação do Pinhal de Leiria e as lutas com o seu irmão.
A peça relata-nos, também, situações da vida privada: o relacionamento com D. Isabel, o gosto do Rei pela poesia, a construção dos conventos, os filhos legítimos e ilegítimos. Descreve o espirito de bondade da Rainha e a sua entrega religiosa, passando pelo Milagre das Rosas e a Lenda do Urso, que deu origem ao Convento de Odivelas, onde repousa o Rei D. Dinis, por sua própria vontade.
Ficha Artística e Técnica
Criação: Joaquim Guerreiro (ideia original, conceção plástica, dramaturgia e encenação)
Intérpretes: Joaquim Guerreiro e Rita Fouto (co-criadores, atores e marionetistas)
Figurinos: Helena Rosa (conceção e execução de figurinos de atores e marionetas)
Panejamento: Guilhermina Fouto (execução do panejamento do retábulo)
Ilustração Gráfica: Mariana Matos (ilustração digital de cenários do retábulo e figurinos de marionetas)
Ilustração Cénica: Joana Santos (execução de ilustrações dos cenários do retábulo)
Fotografia: José Coelho (fotografias do espectáculo incluídas neste site)
Imagem gráfica: Mariana Matos (conceção e execução de cartaz)
Produção Executiva: Rita Fouto
Assistência à Produção: Emanuel de Jesus
Co-Produção: MIAU A.C. e CEM-FIOS T.M.
Características e Possibilidades
O espectáculo é bastante portátil, com tempos de montagem e desmontagem reduzidos e muito adaptável aos espaços de representação, funcionando tanto em contextos convencionais (salas de teatro e auditórios) como não convencionais (salas polivalentes e outros) e de ar-livre (pátios, jardins, recintos de festa e feira).
A peça poderá apresentar-se numa versão simplificada e reduzida (com 15 a 20' de duração), também prevendo várias apresentações, por exemplo num contexto de festa ou feira.
O espectáculo pode ainda ser complementado com uma oficina ou experiência imersiva - podendo ainda e a partir destas interações, a CEM-FIOS regressar para contar outras, novas, histórias.
Condições Técnicas

- Espaço Cénico (dimensões mínimas para implantação do Retábulo): 4 X 4 X 2,5 m
- Camarins: para 2 atores
- Som (1): 2 Microfones de lapela, 1 Mesa e 2 Colunas
- Luz (2): 12 Fresnel ou similares, 3 Recorte, 1 Mesa e Dimmers
Notas: (1) Garantido pela MIAU/ CEM-FIOS, quando o espectáculo não aconteça em espaços convencionais; (2) A garantir pela entidade de acolhimento, quando o espectáculo aconteça em espaços convencionais.
Custo
O custo de investimento deste projeto foi de 8.030 € e estará pago ao final de 40 sessões da peça*.
Por isso, comprar este espectáculo é sem dúvida ajudar-nos a recuperar o nosso investimento e apoiar a continuidade do nosso trabalho.
O custo do espectáculo tem as seguintes modalidades:
- 1.000 € (versão completa da peça, tudo incluído)
500 € (versão completa da peça, despesas à parte)
350 € (versão curta da peça, despesas à parte)
250 € (versão curta da peça, várias sessões, despesas à parte)
Nota: Valores finais com emissão de recibo e para Portugal Continental. * Versão completa de 40', com o cachet de 500 €.
Vídeo
Agenda
- 10.Junho.2017 - Liceu de Oeiras (Associação de Pais da EB1 Gomes Freire de Andrade)
- 11.Junho.2017 - Espaço Alvito (MIAU Associação Cultural)
18.Junho.2017 - Espaço Alvito (MIAU Associação Cultural)
25.Junho.2017 - Espaço Alvito (MIAU Associação Cultural)
03.Agosto.2017 - MOITAMOSTRA' 2017 (Centro d'Artes do GEIC)
Contactos

Para mais informações, pedido de proposta e agendamento de sessões, contacte-nos.
E-mail: cemfios.geral@gmail.com
Tmv: +351 969 393 039
Mais aqui.
Mais... Sobre a Equipa

Joaquim Guerreiro é ator, dramaturgo, encenador, especialista em teatro de marionetas e fundador da CEM-FIOS. A sua experiência em teatro é vasta, sendo que o público infanto-juvenil tem merecido especialmente a sua atenção, bem como a animação, o teatro de rua e a conceção plástica e técnica dos espectáculos.
Rita Fouto é atriz, com particular gosto pelas áreas do teatro físico, teatro do movimento, máscara/ clown e formas animadas. É também criadora, dramaturga e encenadora, quer na MIAU Companhia de Teatro (de que é co-fundadora), quer na FAREDUCA (de que é sócia-gerente). A sua experiência com o público infanto-juvenil é uma constante, quer como atriz quer como professora, formadora e criadora.
Mais... Sobre o Rei
Além de ser uma figura incontornável da História de Portugal, D. Dinis está presente em muita literatura infanto-juvenil, sendo a obra "D. Dinis, o Lavrador" parte do Plano Nacional de Leitura. Também o próprio D. Dinis foi poeta e trovador e esta sua importante faceta encontra-se presente no espectáculo.
O Rei D. Dinis I de Portugal nasceu em Lisboa, a 9 de outubro de 1261 e morreu em Santarém, a 7 de janeiro de 1325. Apelidado de o "Rei Lavrador" e "Rei Poeta", foi o Rei de Portugal e dos Algarves, de 1279 até sua morte.
Era o filho mais velho do rei Afonso III e sua segunda esposa Beatriz de Castela. Em 1282 desposou Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como Rainha Santa.
Ao longo de 46 anos de reinado, foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, após a conclusão da Reconquista por seu pai, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua portuguesa como língua oficial da corte, criou a primeira Universidade portuguesa, libertou as Ordens Militares no território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio.
A sua política centralizadora foi articulada com importantes acções de fomento económico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1º Almirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha e ordenando a construção de várias docas.

Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um famoso trovador, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca na península Ibérica.
Pensa-se ter sido o primeiro monarca português verdadeiramente alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo:

Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução de muitas obras para português, entre as quais se contam os tratados de seu avô Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada na zona do actual Largo do Carmo, em Lisboa e por si transferida, pela primeira vez, para Coimbra, em 1308. Esta universidade, que foi transferida várias vezes entre as duas cidades, ficou definitivamente instalada em Coimbra em 1537, por ordem de D. João III.
Entre 1320 e 1324 houve uma guerra civil que opôs o rei ao futuro Afonso IV. Este julgava que o pai pretendia dar o trono a Afonso Sanches. Nesta guerra, o rei contou com pouco apoio popular, pois nos últimos anos de reinado deu grandes privilégios aos nobres. O infante contou com o apoio dos concelhos. Apesar dos motivos da revolta, esta guerra foi no fundo um conflito entre grandes e pequenos. Após a sua morte, em 1325 foi sucedido pelo seu filho legítimo, Afonso IV de Portugal, apesar da oposição do seu favorito, filho natural Afonso Sanches.